Domingão de sol e compromisso agendado. Ansiosa para ir ao congresso da ADJ e descobrir como é tudo por lá. Será que serei bem recebida? Será que vou poder conversar com as pessoas que há tempos tenho contato apenas por email e facebook?
Nossa quanta ansiedade, meu
marido disse que estou pior que as crianças e que se eu não for, vou ter um
treco de curiosidade (risos). Até parece que ele não sabia desse meu jeito, antes
de casar comigo!
Logo de cara fui bem recebida, o
próprio segurança do evento me deu as primeiras orientações. Inscrição feita e
caminho livre para saber um pouco mais sobre o diabetes.
Participei de palestras incríveis,
algumas com dinâmicas e vocês não vão acredita, pediram para que meu grupo fizesse
um roteiro sobre uma historinha de uma pessoa com diabetes, bem... em algum
momento arrancaram a caneta da minha mão, na tentativa de me fazer parar de escrever,
sabe como é escritora, quando se empolga vai embora...
Tive acesso a tudo, fiquei sabendo
um pouco sobre pé diabético, como são os transplantes nos dias de hoje, sobre
os produtos diet e light e como as coisas eram bem diferentes há 10 ou 20 anos
atrás.
Sabe, nunca havia parado para
pensar sobre isso, mas dá pra imaginar como era bem mais difícil ter diabetes antigamente?
Ainda bem que as coisas mudam e hoje com mais tecnologia e a globalização o
acesso a novas informações é bem mais rápida e faz toda a diferença.
Estão errados aqueles que imaginam
que por tratar-se de um congresso de diabetes as pessoas estarão se lamentando
ou entristecidas, ao contrário, nunca vi um lugar tão cheio de vida e
compreensão. A troca de informação, os novos amigos, as conversas de corredores
e até mesmo as explicações com o pessoal da feira, faz tudo parecer diferente.
Não são apenas reportagens ou
médicos falando que pessoas com o diabetes podem e devem ter uma vida normal,
são as próprias pessoas circulando por todo o congresso e ensinando a nós não diabéticos, como se ter uma vida normal, melhor e saudável.
Parabéns a equipe da ADJ, a
Marisa que aqui representa todos do voluntariado, o pessoal da imprensa que
cobriam o evento e tive o prazer de conhecer e conversar por alguns instantes, a
Dra. Denise Franco e a Dra. Denise Kaplan, super simpáticas e de bem com a vida, aos novos amigos que conquistei nas conversas de corredores e as
psicólogas que me ensinaram um pouco mais de como podemos viver bem a vida e
que nem tudo é tragédia.
Foi realmente incrível. Sai de lá
me sentindo leve e privilegiada por ter escrito um livro que traduz exatamente
tudo que vi nesse domingo, pessoas fortes, batalhadoras, famílias inteiras
reunidas com um único objetivo, a disposição e o doar-se das pessoas que mesmo
cansadas não tiravam o sorriso sincero do rosto.
Foi com o coração cheio de
carinho e muitas ideias na cabeça que voltei para casa, tenho certeza que se
minha agente ou meu editor não me lembrarem de meus compromissos e prazos, não
faço mais nada além de escrever novos livros contando histórias e mais
histórias que possa traduzir a vida dessas pessoas guerreiras que tem o diabetes.
Foi um prazer tê-los conhecido.
Até a próxima,
Margareth Brusarosco
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