segunda-feira, 12 de março de 2012

Lembranças...


Lembranças...

Lembro de muitas coisas e de todas de maneira especial.
Lembro dos amigos da escola, em particular de um garotinho de sorriso lindo, carinha sapeca e jeitinho de  folgado que estudou comigo no prezinho, ele era tão especial que hoje sou casada com ele (risos).

Lembro do uniforme com bermudinha vermelha que só ficava completo com o conga e meias brancas e que depois de vesti-los eu precisava ficar quietinha, porque se sujasse a camiseta branquinha com emblema da escola, minha mãe surtava. Hoje nem percebo, mas faço o mesmo com os meus filhos. (risos).
Lembro dos castigos por ter sido mal criada e dos presentes de natal, mesmo quando nossa religião não permitia comemorarmos o natal.
Lembro que eu sempre era pequena demais para participar dos “bailinhos” que minha irmã do meio fazia e que a mais velha ficava linda de salto alto, rosto maquiado e perfume delicado que sempre usava antes de sair para trabalhar... 
Lembro de brincar na rua de pega-pega, mãe da rua, taco, fechadinha com a bicicleta, queimada e de pera, uva, maça... (risos) bons tempos aqueles.
Lembro da minha professora de português (Dna Célia Rios) muito enérgica que exigia que os alunos levantassem quando ela entrasse na sala, que as carteiras estivessem alinhadas com precisão e me fazia copiar 50 vezes cada palavra que eu errava no ditado. Obrigada professora, nunca mais errei ao escrever “necessidade” ou  “acessórios” (risos).
Lembro de cada vez que subi os vinte e três degraus da minha casa com a bicicleta grande porque minha mãe dizia “se realmente quer, não espere por ninguém, vá lá e faça” acho que sigo esse conselho até hoje.

Lembro da piscina regan de 1000L   e de como era fácil dizer “estou nadando, estou nadando”.


Lembro de comer paçoca do amor , comprar pirocoptero  e bananinha cada vez que ia ao bar buscar algo pra minha mãe.

Lembro de roubar amora no caminho da escola e manchar completamente o avental do uniforme.
Lembro de ficar na ponta da quadra olhando a movimentação da avenida em dias de outono quando as pessoas passavam apressadas, indo e vindo de seus afazeres. Juro que nunca cabulei! (ouviu mãe?)
Lembro de ter quebrado a cara algumas vezes, com amigas, com colegas de grupo na escola e até com namorados que não valiam à pena.
Lembro das tardes de sábado na casa de uma amiga, onde ficávamos ouvindo música, escrevendo em diários, contando histórias e fazendo testes de revistas para saber se o signo deles combinava com o nosso.
Lembro de ligar para a rádio e pedir músicas e ficar grudada no aparelho de som só esperando que ela tocasse.
Lembro de ir e voltar andando da escola e vira e mexe surgia uma lenda urbana como a da Kombi branca que roubava crianças ou a loira do banheiro que havia atacado novamente.

Lembro de tantas coisas legais, surpreendentes e inimagináveis que muitas vezes sinto saudade daquela época. Afinal,  porque eu quis crescer? 

Ah! Lembrei. Eu cresci pra casar com o garotinho do prezinho! Por ele valeu a pena crescer...



Bjs.
Margareth Brusarosco.

2 comentários:

  1. aiiiiiiiiiii q texto lindo..........amei amei amei!!!!!!! bjsssssssss lindona!!!!!

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  2. Muito bom. Acho que estudei na mesma escola que vc. Por causa da Célia Rios. Por onde anda a professora?

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